sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

GATO DE TRÊS CORES.


É verdade que gatos de três cores só podem ser fêmeas?

       Digamos que é quase verdade, já que menos de 1% dos gatos tricolores são machos e, ainda assim, frutos de uma anomalia cromossômica. Para entender como é definida a cor da pelagem dos gatos, primeiro é preciso saber duas coisas: essa característica é herdada dos pais do animal e os genes das cores (preto, branco e amarelo) estão presentes no cromossomo X. Na reprodução, a fêmea passa para o filhote um cromossomo do tipo X e o macho pode enviar um X, dando origem a uma fêmea (XX), ou um Y, formando um macho (XY). Cada gato, portanto, tem um par de genes relativos à cor e esses genes podem ser do tipo dominante ou recessivo. "Para uma fêmea ter três cores ela precisa possuir um cromossomo X com o gene amarelo e o outro X com o gene branco dominante", afirma a bióloga e doutora em genética animal Edislane Barreiros de Souza, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Assis (SP). No caso do macho, para ele ser tricolor, precisaria ter também dois cromossomos X (o com o gene amarelo e o com o branco), além do cromossomo Y, que o torna do sexo masculino. Isso resultaria numa aberração cromossômica. Quando tal raridade acontece, o gato tricolor (XXY) é estéril.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

ROTEIRO PARA CONSTRUÇÃO DE UM HERBÁRIO

PROFESSOR BIÓLOGO JOÃO PANTOJO NETO

LINK para ajudar na classificação das folhas

http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/botanica-folhas.html

COLÉGIO SERRANO GUARDIA.

      O herbário é um trabalho que encontra-se no planejamento escolar, pedido no início do primeiro primeiro bimestre para os alunos do segundo ano e entregue no final do primeiro bimestre. Por ser um trabalho que requer um pouco mais de ¨trabalho¨, o aluno tem que iniciar as atividades assim que solicitado. O Professor sempre irá tirar as dúvidas todos os dias nos ¨15 minutos¨. O aluno também poderá tirar dúvidas por e-mail que eu respondo a todas (joaonetobiologo@ig.com.br). Bom início de ano e até a entrega no final do 1° bimestre de 2013. Abraço!!!!


OBS: NÃO PODERÁ SER FOTOGRAFIAS.


Introdução
        Um herbário deve ser considerado com um excelente meio de documentação científica de espécies vegetais. Assim, tem por finalidade o estudo e a catalogação das inúmeras espécies de plantas que habitam o nosso planeta Terra. O tipo de estudo que se pretende fazer é que orienta o método de como devemos coletar e herborizar um determinado exemplar, embora a técnica de herborização praticamente não sofra grandes modificações.
        Podemos estudar a morfologia externa, a taxonomia e sistemática de classificação dos vegetais, a distribuição ecológica das espécies vegetais e outras. Por outro lado essa atividade científica é muito valiosa do ponto de vista de torná-lo um bom observador e permitir a você um encontro efetivo e real com a natureza. Sob este aspecto, sabemos que boa parte das pessoas que, por exemplo, tem a oportunidade de entrar em uma mata, floresta ou até mesmo num pequeno bosque, tem grandes dificuldades de “enxergar” a grandiosa e sem-número de variedade de formas, cores, sons, perfumes; movimentos, que lá se manifesta. Muitas apenas conseguem perceber que o ambiente é agradável e “verde”.



“Um herbário é uma coleção de plantas mortas, secas e montadas de forma especial, destinadas a servir como documentação para vários fins. Ele é utilizado nos estudos de identificação de material desconhecido, pela comparação pura e simples com outros espécimes da coleção herborizada; no levantamento da flora de uma determinada área; na reconstituição do clima de uma região; na avaliação da ação devastadora do homem ou da ação deletéria da poluição; na reconstituição do caminho seguido por um botânico coletor, etc. Muito é possível conseguir-se pelo simples manusear de exsicatas de um herbário”.

[vocabulário: exsicata: Exemplar dessecado de uma planta qualquer, conservado nos herbários.]



Herborização

       Este processo consiste na secagem de exemplares coletados, através de técnicas simples, procurando-se preservar a forma e a estrutura dos mesmos. Quando isto não for possível, por questão de dificuldades no tamano ou na raridade do material, é válido usar recursos fotográficos.



- folhas de papelão canelado (30 x 40) cm, sendo as canaletas dispostas perpendicularmente ao maior lado da folha;
- folhas de jornal dobradas, do mesmo tamanho das folhas do papelão canelado;
- duas pranchas de “Duratex” de (30 x 40) cm;
- folhas de cartolina ou papel cartão de (30 x 40) cm
- cordoné ou fio de sisal;
- agulha de costura e linha
- etiquetas e pequenos envelopes




1. Interpor o material coletado em folhas de jornal dobradas, distendendo-o, de modo que os órgãos ou estruturas não se sobreponham. Essas serão suas primeiras pastas.
2. Intercalar cada uma das pastas do item anterior com folhas de jornal dobradas e para cada conjunto de duas outras pastas, intercalar folhas de papelão canelado.
3. Nas faces externas dessa pilha de pastas, colocar as pranchas de “Duratex” e amarrar o conjunto fortemente para prensar o material.
4. Manter o material prensado em estufa ou lugar quente e seco, para que se processe a secagem, podendo, até mesmo, expô-lo ao sol.
5. Trocar periodicamente as folhas de jornal caso o material prensado não permaneça em estufa. Não existe tempo determinado para a secagem.
6. Retirar da prensagem o material já seco e fixá-lo nas folhas de cartolina com linha, colocando no canto direito inferior a etiqueta de classificação e no canto esquerdo superior o pequeno envelope, o qual servirá para guardar partes do material que, eventualmente, se destaquem durante o processo de secagem ou montagem.
7. Evitar a danificação do material por insetos, usando naftalina.


Relação do material botânico 

       Os componentes abaixo relacionados deverão, sempre que possível, ser herborizados. Caso contrário você poderá usar recursos fotográficos, mas nunca recortes de livros, jornais, revistas ou fotocópias.

1. Raiz

1.1 - Regiões da raiz
Herborizar uma planta inteira, indicando as seguintes regiões da raiz: coifa, crescimento, pilífera, ramificações e colo.

1.2 - Tipos fundamentais de ramificações
Herborizar um exemplar de cada tipo: axial ou pivotante e raiz fasciculada.

1.3 - Tipos de raízes
Herborizar ou fotografar um exemplar de cada tipo:

1.3.1. Subterrânea: axial, fasciculada, tuberosa axial e tuberosa fasciculada.
1.3.2. Aéreas: suporte, cintura, estrangulante, tabular, pneumatóforos, sugadora e grampiformes.
1.3.3. Aquáticas
1.3.4. Adventícias

2. Caule


2.1 Regiões do caule - Herborizar uma planta inteira, indicando as seguintes regiões: nós, internós, gema apical e gemas laterais.
2.2 Tipos fundamentais de ramificações - Herborizar um exemplar de cada tipo: monopodial, simpodial e dicásio.
2.3 Tipos de caules - Herborizar ou fotografar um exemplar de cada tipo:

2.3.1. Aéreos de estrutura normal: tronco, estipe, colmo cheio, colmo oco, volúvel (dextroso ou sinestroso) e sarmento.
2.3.2. Aéreos de estruturas modificadas: suculento cladódio, filocládio, espinho e gavinhas.
2.3.3. Subterrâneos de estrutura normal: rizoma e tubérculo.
2.3.4. Subterrâneos de estruturas modificadas: bulbo tunicado, bulbo escamoso e bulbo sólido.

3. Folha


3.1 Elementos da folha - Herborizar um exemplar de cada tipo:

3.1.2. Folhas completas: com estípulas normais e com estípulas transformadas em gavinhas, espinhos e lâminas assimiladoras.
3.1.2. Folhas incompletas: peciolada, invaginante, séssil, filódio.
3.2 Morfologia Externa - Herborizar um exemplar de cada tipo:


3.2.1. Quanto às subdivisões do limbo: folha simples (limbo indiviso) e folhas compostas (imparipenadas, paripenadas, bifoliadas, trifoliadas, e digitadas).
3.2.2. Quanto à forma do limbo: assimétricas, orbiculares, obovadas, ovadas, lanceoladas e oblongas.
NOTA: Usar a chave de classificação (abaixo).


Chave de classificação quanto à forma do limbo
(segundo, Pereira, C. e Agarez, F.U. - Botânica.Ed.Interamericana. 1980)
1. Um dos lados do limbo diferente do outro.
1. Lados iguais entre si.
2. Limbo arredondado ou quase.
2. Limbo não arredondado.
3. Limbo mais longo na base ou no vértice.
3.Limbo mais longo no centro ou largura do limbo
aproximadamente igual à da base ou no ápice.
4. Limbo mais longo no ápice.
4. Limbo mais longo na base.
5. Limbo mais longo no meio.
5. Largura do limbo aproximadamente igual à da
base ao ápice.
Assimétrica
2
Orbiculares
3
4
-
5
Obovadas
Ovadas
Lanceoladas
-
Oblongas



4.1 Verticilos florais
Herborizar um exemplar cortado longitudinalmente, indicando os quatro verticilos:
 cálice, corola, gineceu e androceu.

4.2 Simetria floral
Herborizar um exemplar de cada tipo de flor: assimétrica, actinomorfa e zigomorfa.

4.3 Posição do ovário
Herborizar um exemplar
 cortado longitudinalmente de cada um dos tipos de flor: hipógena, perígena e epígena.

4.4 Inflorescência
Herborizar cada um dos tipos: espiga, espádice, cacho, corimbo, umbela, capítulo e dicásio.



Modelo de ficha de coleta
Classificação do vegetal:
nome científico ______________________
nome popular _______________________
Classificação da estrutura:
nome ______________________________
tipo _______________________________
Observações antes de herborização:
__________________________________
__________________________________
Observações após a herborização:
__________________________________
__________________________________
Coletado por:______________________
Data da coleta:____________________
Local da coleta:___________________
Características do local:_____________
__________________________________
______________

3.2.3. Quanto ao recorte do limbo: lobadas. cletradas e sectas.
3.2.4. Quanto á venação ou nervação: uninérvea, curvinérvea, paralelinérvea, palmitinérvea, radicada e peninérvea.
3.3 Heterofilia
Herborizar um exemplar.

3.4 Folhas transformadas
Herborizar um exemplar de cada um dos seguintes tipos: catafilo, bráctea, gavinha, espinho, cotilédones, e se possível, insetívora.

3.5 Filotaxia
Herborizar um exemplar de cada um dos seguintes tipos: alternada, oposta e verticulada.

4. Flor

Técnica para herborizar

Material acessório para herborizar

      Nosso objetivo, entretanto, não é tão amplo, mas bastante valioso para você que é fascinado pela natureza e se encontra nessa fase do estudo, de alguma forma ligado ao tema. Propomos, então, para essa atividade, que você faça coletas e organize uma coleção de plantas com o objetivo do estudo da “Morfologia Externa dos Vegetais”.
      Lembramos que o sucesso na execução dessa tarefa vai depender diretamente do planejamento estabelecido no início do trabalho. Assim, como primeiro passo, recomendamos fazer um estudo detalhado dos vários órgãos ou estruturas que deverão constar no seu trabalho. Vencida esta etapa, você deverá proceder à coleta desses materiais para herborizá-los, conforme a técnica que iremos descrever mais adiante, tendo o cuidado de fichá-los. Como sugestão daremos o modelo de uma ficha de coleta.
      Finalmente, lembramos que é muito importante você não se limitar apenas à herborização de plantas que tenham sido citadas nos textos pesquisados, pois existe uma variedade imensa de outras plantas com as mesmas características.

Mas o que é um herbário afinal de contas? Publicado pelo Instituto Botânico, de SAKANE, M., 1984, o manual de “Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico”, nos diz que: